terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ser professor é uma missão..

Ser professor é uma vocação e sinceramente eu acho que nasci com ela. Essa história começou quando eu era adolescente. Eu sempre fui um pouco nerd, era muito comum estar com um livro ou gibi lendo. Enquanto meus colegas jogavam futebol na rua, eu marcava presença mas ao invés de participar ou prestar atenção naquela pelada sem sentido, eu lia os livros que pegava emprestado na biblioteca da escola. Os pais dos meus colegas observavam isso e me elogiavam. Eu obviamente me sentia envergonhado, eles estavam engrandecendo uma ação que para mim era normal. Próximo da casa de minha mãe tinha uma vila, habitada por pessoas bastante humildes. Lá morava Maraísa que na época tinha 7 anos, neta de dona Amália que trabalhava de empregada no casarão da Sete de Setembro. Essa menina foi matriculada no Colégio Valadão na 1ª série do ensino fundamental sem saber ler, nem escrever seu nome. Ela sofria de problemas neurológicos em decorrência de remédios abortivos que sua mãe tomou. Muita gente não tinha paciência com ela, na escola ela se sentia envergonhada por não acompanhar o ritmo dos seus colegas. Por causa disso ela perdeu a vontade de estudar, quando descobri, me coloquei a disposição para ajudar. Na época estudava o 3º ano do 2º grau, estava bastante ocupado na preparação para o vestibular, mas mesmo assim quis ajudar. Mesmo instintivamente, sem nenhum conhecimento das teorias educacionais, das técnicas de ensino fui repetindo o que meus professores tinham feito comigo na alfabetização e com muita paciência fui enxertando auto confiança nela. Valorizando cada acerto, corrigindo os erros, mas mostrando onde ela errou e indicando um caminho certo. Passamos o ano juntos, inclusive as férias. A avó dela não tinha como pagar, eu sabendo da condição financeira da família, não fiz questão e dispensei os honorários. Literalmente fiz por amor, eu comprei a causa daquela menina que se sentia acuada. Tínhamos esse sentimento em comum, pelo menos naquela época, que me sentia acuado, por motivo diferente do dela. Eu era um exemplo pra para aquela menina, quando ela me olhava tinha um brilho no olhar de admiração e respeito, ela sentia segurança em mim. Meu Deus! Eu passava segurança pra alguém! (risos). No fim do ano ela chegou na minha casa com dois envelopes. No primeiro estavam as provas com o resultado final, aprovada e com notas boas, no segundo tinha uma carta que ela escreveu. Eu chorei da primeira palavra até a última, no texto ela agradecia pela ajuda e contava sobre os planos futuros. Naquele momento eu me senti realizado e desejei ter aquela sensação mais vezes, escolhi ser professor para poder continuar participando desse processo tão grandioso de ensino-aprendizagem.  Depois eu descobri a Biologia, estudei as teorias e refinei aquele jeito instintivo de lecionar. A caminhada é longa, ainda estou no processo de lapidação e espero estar me aperfeiçoando sempre. Tive várias experiencias maravilhosas na docência, continuo tendo e espero continuar a ter por muitos anos. Feliz dia dos professores a todos os meus colegas de profissão, principalmente aqueles que acreditam no que fazem. A vocês o meu respeito e admiração!


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Recordar é viver?


Sempre que retorno para Aracaju é possível fazer uma retrospectiva da vida. Estar na casa onde dei meus primeiros passos e vivi durante toda infância e adolescência, permite que eu faça esse exercício. Não apenas estar na humilde residência, mas esse sentimento aflora quando vou ao supermercado, a padaria, ao boteco da esquina. Tudo me traz lembranças, a maioria delas boas. Olho para as casas vizinhas lembro-me dos moradores, das ótimas amizades e fico emocionado. Não sei para onde o destino vai me levar, mas precisarei de alguma forma sempre retornar aqui, para ter esses momentos. Mesmo que os personagens não estejam mais aqui. É um carinho gratuito, uma atenção despretensiosa, um querer bem atemporal. Num mundo tão cheio de egoísmo, individualismo e autoconfiança desmedida. Estar em contato com todos esses sentimentos é renovador. Mas vamos  contradições, embora sinta tudo isso, percebo o quanto modifiquei e constato que essa vida pretérita não serve mais para mim. É apenas bonito, lindo de se ver. Fico fortalecido e volto para a minha luta, solitária (por enquanto) no dia a dia da grande metrópole nordestina. Hoje sou um homem metropolitano, dinâmico, estressado, capitalista, que controla emoções. Que no fundo quer apenas viver bem e fazer o bem.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sempre acreditar! 2011 foi ano de renovação.

Por alguns instantes tive a leve impressão que peguei um atalho errado na estrada da vida. Sei lá! Não estava reconhecendo o caminho, a paisagem estava diferente, a pavimentação ruim, esburacada, mal sinalizada. O veiculo andava abandonado, confesso, uma dissertação acaba com qualquer vaidade. Mas com boa vontade e coragem foi possível transformar, o modelo continuou o mesmo, uma bela Ferrari 1983. Agora com motor turbo, pneus novos bem fortes e um bagageiro cheio de experiências. A estrada é publica! Felizmente a que freqüento é repleta de grandes máquinas reluzentes, potentes e muito bem conduzidas. É bem verdade que toda regra tem exceção teve quem não quis seguir comigo, teve quem tentou me jogar para o acostamento, teve quem colocou pregos no asfalto e ficou atrás da moita só observando para ver se eu passava por cima. Mas não! Não mesmo! Entre as várias melhoras da transformação estão faróis potentes que me ajudam a iluminar a estrada e ultrapassar com muita facilidade esses aspirantes a obstáculos. Termino 2011 percorrendo uma estrada bem diferente. A paisagem é conhecida, a pavimentação está boa, a estrada melhor sinalizada. Ainda não é a perfeita, mas tenho certeza que faltam poucos quilômetros para que eu possa desfrutar do tão sonhada estrada estável. Continuo rodando e cada metro percorrido será feito com empenho e o bom humor que me é peculiar. Siga-me apenas os bons! Ok? Principalmente os bons de coração, que valorizem a honestidade, a boa amizade, o amor a si e ao próximo e, além disso, sejam livres de preconceitos.

domingo, 3 de abril de 2011

Eu não sou um mal amigo..

Sei que sou uma pessoa simpática e de bom humor. Mas não tenho o costume de ligar para meus amigos com muita frequência. Prefiro ficar um certo tempo sem encontrar pessoalmente e num belo dia de sol, ou numa bela noite enluarada. Marcar um encontro para beber e jogar conversa fora. Não é algo destinado a uma pessoa, me comporto assim com todos os meus conhecidos. O fato de estar "distante" não significa que goste menos, ou que esqueci da pessoa. Sou um homem de poucos de amigos, mas estes são verdadeiros. Resolvi publicar esta declaração porque nos últimos tempos tenho recebido reclamações neste sentido. Não quero que nenhum dos meus amigos(as) fiquem alimentando falsas impressões sobre meu comportamento. Por favor! Pode parecer desculpa esfarrapada, mas não é. Não saber dividir muito bem o tempo é um grande defeito meu. Fico trabalhando, trabalhando e esqueço da minha vida social. Então queridos(as) amigos(as) perdoem esta falha e saibam que vocês moram no meu coração e não pagam aluguel. Assim que puder vou visitar cada um de vocês.

disputa sadia é a saída.

Como lidar com as derrotas? Hum.. pergunta difícil não é? Eu sei minha gente. Infelizmente a vida não tem manual de instrução e temos muitas vezes que aprender na marra. Essa semana passei por um processo seletivo e não obtive sucesso. É interessante que isso não é novidade na vida de um acadêmico como eu. Já passei pelo vestibular, seleção de mestrado, seleção de doutorado, algumas seleções de emprego. Já devia saber com agir. Certo? Errado. Sempre estamos lidando com situações novas, que mostram o quanto a vida é surpreendente. Das outras vezes era eu contra uma multidão desconhecida. Ali era cada um por si e Deus por todos. Dessa vez não, concorri a uma vaga de trabalho com dois amigos. Como lidar com essa situação com ética? Após o resultado. Como se comportar sem parecer hipócrita? Como ter espírito esportivo? É complicado! É complicado? Durante o processo percebi situações de afastamento, isolamento. Eu não tenho problema com isso, sou uma espécie de lobo solitário. Mas pensava: Será que é receio de boicote? Será que está achando que vou espiar, realizar um roubo intelectual? Não! Não iam desconfiar tanto da minha indole. Ou será que iriam? Enfim.. a questão é que a seleção passou, eu fiquei em terceiro lugar e o resultado foi diretamente proporcional a minha dedicação. Não me preparei o suficiente, 'punto e basta'. Agora é seguir em frente e esperar a próxima oportunidade. Desejo sorte ao primeiro lugar, que ele realize um ótimo trabalho e obtenha muito sucesso. Meu comportamento foi homogêneo, joguei limpo e assim sempre será. Isso vai acontecer mais vezes, afinal somos estudiosos de uma mesma área de pesquisa. A saída é se acostumar com a situação e unir forças numa 'disputa' sadia. A liderança será decidida no detalhe, a seleção vai passar mas o companheirismo deve permanecer.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Enfim mestre..

Mais uma grande etapa concluída, sou mestre. Foi mais rápido do que eu imaginei, no entanto, foi mais trabalhoso do que pensei, graças a Deus deu tudo certo. Um volume do meu trabalho ficará guardado na biblioteca, também estará disponível para download na internet. Mas como é um assunto muito específico, no qual muito poucas pessoas no Brasil trabalham. Poucos terão interesse real em lê-lo por isso quero expressar a minha gratidão por todas aquelas pessoas que contribuíram direta e indiretamente para que eu conseguisse concluir mais essa etapa. Eu dedico a dissertação aos meus pais Maria da Conceição e Jose Adelson, bem como, para minha tia Terezinha que sempre foram meus fãs e apóiam todos os projetos de minha vida. Agradeço aos demais familiares irmã, tias e primos(as)pela torcida, a professora Alcina pelo acolhimento, pela confiança e por ter topado orientar um trabalho fora do sua área principal de estudo; a Maria Helena Zucon por ter dado a primeira oportunidade no mundo científico, por ser uma grande amiga e incentivadora do meu trabalho; aos amigos do PaleoLab Fabiana, David, Ricardo, Márcia, Bruno, Paulo Victor, Pricila pelo companheirismo e pelas informações compartilhadas, vocês foram e são muito importantes na manutenção da minha estadia em Recife, grandes companheiros, sempre muito prestativos; aos amigos Roberta, Vlad e Diogo pela amizade no dia a dia, nós que "cortamos definitivamente o cordão umbilical dos nossos pais" buscamos forças uns nos outros para seguir em frente; ao Claúdio pelo companheirismo, atenção e carinho; aos amigos de Aracaju Edilene, Wélida, Mark, Gilson, Fabio, Rick, Ricardo, Graciela, Leonardo, Mário, Fabiana Vieira, Ingrid entre outros pelo apoio na minha mudança para Recife; aos amigos da turma de mestrado Eduardo, Geivi, Clarissa, Thiago, Natan, Rene pela união que fez a diferença durante o nivelamento, agradeço a Deus pela força espiritual que me manteve forte durante essa batalha e ao CNPq que financiou com a bolsa de estudo o meu projeto. A todos meu muito obrigado!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

o nosso amor agente inventa

É interessante como as coisas acontecem, quando eu menos esperava encontrei uma pessoa que me faz muito feliz. Em meio a um turbilhão de emoções que confundem a minha cabeça. A serenidade, a experiência de Cacau é um alento. Nos conhecemos numa festa, numa festa bem agita. Lembro-me até agora daquela piscada de olho, que me deu coragem para investir. Dançamos a noite toda e entre uma música e outra trocavamos uns beijinhos e falavamos sobre a vida. Eu achei que seria mais uma daquelas investidas sem sucesso e não criei expectativas. Foi tanto que nem comentei com os meus amigos. Criamos oportunidades para podermos nos encontrar e isso resultou no inicio de um belo namoro. O destino me pregou uma peça, a convivência está me fazendo ficar cada vez mais apaixonado. O bom é que continuo o mesmo de antes, só que com o bônus de ter alguém comigo que é bastante compreensivo. Felizmente temos confiança e nos apaixonamos exatamente como somos, com defeitos e qualidades. Aparentes opostos que se atrairam, mas sem exigir mudanças de paradigmas e formas de agir. Tivemos que ceder, alguém sempre tem que ceder, mas foram concessões suaves, de adaptação. No que depender mim nosso relacionamento vai crescer em escala exponencial.